Em um de seus aniversários, Joana ganhou um lindo broche de sua avó.
Relíquia de família, não havia outra tão bela, tão brilhante, tão perfeita quanto essa.
O broche não era valioso, é verdade, nem feito de algum metal precioso, qualquer que fosse.
Mas era passado pelas mulheres da família, sempre conservando a sua limpidez para ser usado e, diziam elas, que o broche trazia muita sorte
Joana quis preservá-lo e ao invés de usar, guardou
Achava-o tão bonito que decidiu esperar uma ocasião digna para colocá-lo
E o tempo passava
E a esperada ocasião não vinha
Mas Joana não se rendeu
Não queria desperdiçar a beleza do broche
E os dias passaram
E o presente de sua avó foi sendo esquecido
Quando Joana o achou no fundo da gaveta
Ele estava enferrujado
Seu brilho sumira, a beleza se perdera
Por tantas pessoas havia passado e logo em suas mãos enferrujou
E o broche que nunca usara
Também nunca mais usou
domingo, 1 de julho de 2007
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Um comentário:
Joana se parece comigo.. sei lá!
com algumas angústias.. algumas coisas encravadas no peito!!
gostei!
=**
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