sábado, 1 de março de 2008

O adormecer

Onde eu perdi o propósito? Onde eu deixei minhas razões? Por onde esteve meu corpo? E mais importante ainda: Minha mente? Chega, acorda disso, existem coisas a fazer, por fazer. Não há tempo para bobagens. Ninguém te dá tempo pra pensar em paz, porque é perigoso. Onde eu perdi meus princípios? Para onde levaram a minha e a sua vida?

A certa altura a gente sente que está para morrer. Algumas vezes é um choque saber que não há muito tempo, mas para mim, não foi. Como um defunto pode ter medo da morte? Eu já sabia, não adiantava tentar mudar, tudo foi banal demais para os outros que nunca conseguiriam entender as alegrias tão medíocres de sentir. As pessoas querem glória, querem fama, querem o mundo. Querem demais. Eu pude sentir o mundo, raras vezes é verdade, mas eu consegui e ninguém jamais saberá. Morrerei anonimamente, assim como tantos outros.

Percebe como sou? O segredo sempre foi não se deixar abater, mas sou humana. Já fui. E assim morrerei, fria e insensível, ninguém nunca entendeu, eu nunca deixei. Não culpo ninguém, culpo eu. Tudo interrompido, nem cheguei a ser. Não me venha com pena ou compaixão, já adormeci, não ouço mais, tudo não passa de uma espera. Quando morri e não me avisaram?

3 comentários:

Leca Lichacovski disse...

wow!
:O

Garon Piceli disse...

desculpe-me!

mas eu não te acho "fria e insencível" "intendeu"??

Luciana disse...

talvez você devesse deixar de ter tanto medo das pessoas e das suas reações diante delas suh.