
Se eu tentar me isentar das coisas, serei igualmente responsável por elas. Não adianta querer fugir, nem fingir. De nada valem as aparências quando a verdade corrói por dentro. O que é de fato sincero, determina.
Cheguei a pensar que ninguém iria vir para o meu julgamento. Não temia porque não achava motivos para isso. Minhas atitudes podiam não ter sido nobres, mas não havia feito o mal.
Não. Meu hábito de mentir... Já ofendi, esnobei, roubei, falsifiquei, feri, machuquei. Sim, eu havia feito o mal. Se me arrependesse de coração, com certeza iria ser perdoada. Como faria isso, de arrepender-me, eu não sabia. Era preciso implorar de joelhos e dizer que sentia muito?
A minha infantilidade ainda não tinha ido embora, acho que não ficamos sábios ao morrer, afinal.
No fim das contas algumas coisas simplesmente não valem a pena. Fazer o quê? Sentar e chorar? Gritar por ajuda? Pedir perdão?
Mesmo se fosse por minha imbecilidade, não adiantaria. No fim das contas, ninguém estava lá para me julgar. Ninguém me acusou, nem condenou. Eu fui o réu, fui advogada, fui promotora, testemunha e juíza. Quem julgou fui eu. E ninguém poderia ter feito me sentir mais mesquinha e egocêntrica, do que eu mesma fiz.
Um comentário:
Você me da agonia escrevendo como se estivesse morta. De qualquer forma esta muito bom. Mas ressucite ok?
=)
=*
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